Pensamentos de Pai (ensaio primeiro)
Rodriguinhos do Rodrigo, 08.02.20
Hoje , como Pai de 3 filhos, e depois de um dia a debater os problemas que enfrentamos no dia-a-dia e quais a experimentais resoluções que vamos adoptando, surgiu-me uma daquelas convicções que são difícieis de segurar e sinto que as tenho de partilhar com o mundo.
Muitas vezes como pais vestimos a moralidade transversal, o modelo vizinho e a máscara da sociedade, só porque é assim, e reforçamos a forma de educar nesses alicerces que não foram contruídos por nós, cuja essência não cheira a nós mesmos!
Pergunto eu, os vossos filhos, que vos conhecem (e acreditem que conhecem, nunca substimem as criaturinhas que mais nos amam e nos seguem os passos mais fieis que a própria sombra!!! ) vão num playback ou karaoke de fundamentalismos e moralismos só porque nós próprios os estamos a cantar? Não!! um cover até pode ser melhor que o original, mas a base tem sempre como génese um outro autor que não nós.
Se nós sentimos as razões dos limites, se sentimos o porquê desta ou daquela regra, ou ordem ou conselho, repito, se o sentimos, é porque nasceu em nós como verdade, e é essa verdade que passa, é esse conjunto de sentimento e verdade que vai ser a ligação com os nossos filhos!
Jamais poderemos dar algo que nunca tivemos, jamais poderemos descrever o sentimento que nunca sentimos, jamais poderemos ser verdade se não formos verdadeiros. E quem mais que eles queremos que nos entenda?
Sejam honestos como pais, verdadeiros nas acções, nas palavras como nas fraquezas e nas falhas!
E é tão difícil ser-se verdadeiro, talvez por isso educar seja a mais exigente missão do ser humano!
Nunca percam a comunicação com os vossos filhos, um dia que a mentira entrar, ambos saberão que ela vai lá estar, e criará mais tarde um silêncio...e outra mentira outo silêncio...nada se cria nem nada se cuida em mentira!